quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Simplicidade


A vida são os detalhes. Sempre. Nunca espere por AQUELE MOMENTO, ou O GRANDE DIA, ou O DIA QUE TUDO VAI MUDAR. Não vai chapa. A vida é cheia de simplicidadeszinha que a formam. Tipo, tem gente que morre duma topada, ou duma queda em casa. As pessoas pensam na morte como algo grandioso: um câncer terminal, uma batida de carro, uma queda do 13º andar e nem é. Às vezes. A vida é aquele fiapin de madeira que entra no seu dedo, é alguém que te chama de feio, tudo é assim. As amizades se formam num papo bem idiota, numas piadinhas. O ódio do mesmo jeito. Tem coisa que se fala pra alguém que pode mudar sua vida e não grandes acontecimentos como muitos esperam. Uma besteirinha que vc fala (ou escuta) pode ser de fundamental importância pra mudar a sua forma de pensamento. Um disco fudido que vc escuta. As maiores mudanças são feitas quando vc está sozinho, pensando ou lendo um livro...e vc se pega pensando e diz: "Caralho!". A hora do "Caralho!" é a hora das mudanças. Qdo as crianças crescem (ou ficam mais crianças!), qdo vc começa a escutar mais seus pais, qdo vc começa a perceber o quanto vc é uma pessoas paia e de qto tem MUITAS PESSOAS paia perto de vc. É isso.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Uma manhã Cretina e Discordante (piadinha palha.)



Hj de manhã vinha no ônibus ouvindo Cretin, devidamente indicado pelo meu amigo The Soul. Ultimamente tenho ouvido apenas coisas indicadas, às vezes nem isso. Velhas, novas, mas apenas indicadas ou que eu já tenha ouvido falar por alguém ou coisa velha que eu não tenha ouvido na época, mas que deu vontade de ouvir, como diz meu amigo César: Toda banda tem seu tempo pra ouvir. Não tenho mais tempo nem paciência de ir atrás de coisas e vou ouvir e é uma porcaria sem limite. E nem gosto de ficar indicando banda pra quem não sabe curtir ou fica pagando que sabe de algo pra outrem. Foda-se, eu sou assim. Vá atrás e se foda. Pois enfim...vinha escutando o Cretin. Que nada mais é do que o Repulsion novo. Como o The Couty Medical Examiners, ele fazem esse “resgate” (odeio essa palavra...heheheh) do grindcore velho, old school e a banda é foda pq justamente é como se o Repulsion fizesse outro disco nos moldes do Horrified. E o Cretin manda FUDIDAMENTE BEM. O disco (Freakery) não tem nada de novo, nem rifferama, nem caralho nenhum. É grindcore como o Repulsion fazia (o vocal é igual ao do Scott Carlson), mas (lógico), mais bem gravado, bem tocado, lindo mesmo. Os caras já tocaram no Exhumed também. Chibatada atrás de chibatada. Não vou ficar falando merda aqui: riffs cortantes, bateria q parece metralhadora...BULLSHIT. Pra uma manhã de 4ª, indo pro trampo foi perfeito.

Cabou o disco, fui pro Discordance Axis, um disco que eu tinha pego, mas nunca tinha escutado. Jouhou. Fudido. Esse rápido até o talo, mas cheio de riffzinhos pegajosos e bem tocado. Grindcore diferente, mas nada de new ou de pop. Só diferente.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Vida Simples =^.^=

E em meio à guerra civil no Brasil, em meio a uma guerra mundial no Oriente Médio, em meio à guerra diária por migalhas que caem das mesas dos gordos carecas engravatados, enquanto todos se debatem famintos tendo convulsões a cada respirada em que as paredes de seus estômagos se encostam, alguém me fala essa frase.

Enquanto a cada dia fica mais difícil se comunicar sem ruídos com o receptáculo de emoções ao lado, quando cada universo dentro desses receptáculos se expande ad infinitum, tornando-os cada vez mais distintos e incompatíveis entre sim, com cada vez menos gostos e ódios em comum, a tal frase foi proferida.

Quando toda a complexidade e incerteza e falta de clareza da multiplicidade de pontos de análise se torna mais evidente, e a forma como se respira e como os vários corpos se comportam de forma diferente sob uma mesma gravidade e densidade do ar, alguém me fala essa porra: VIDA SIMPLES.

Pois agora lhes digo, caros amigos defensores da paz interior e da serenidade: bem vindos ao mundo do auto-engano. Pilantrem consigo, sacaneiem o próprio instinto e pisem na própria alma, o problema é de vocês. Esqueçam anos inteiros de suas vidas, décadas, lidem apenas com as últimas horas que passaram e as mais próximas que estão por vir, é só isso que seus pobres espíritos atrofiados conseguem processar. Vivam de forma "simples" e serão mais felizes nas profundezas da ignorância. Entendo aqui este conceito como “viver sem pensar demais”, nada contra os que escolhem morar numa casinha no interior plantando goiaba e tomando água em pote de barro. Não é disso que eu falo.

Não vou negar a beleza dos arrodeios e da análise paranóica das situações apenas para não enfiar uma bala na minha cabeça, isso não é uma justificativa. A paz não é natural, nem do homem nem de nada presente neste planeta, a simplicidade só é digna das formigas, seres inanimados e homens de cro-magnon. Portanto, vocês nasceram na época errada, nós é que temos razão. Nós, que estendemos a mão esguia das sombras para roubar-lhes comida do prato. Nós que rasgamos o véu que nos cegava para contemplar a vida em sua linda crueldade e suas múltiplas facetas, uma mais sedutora e terrível que a outra.

Analisamos cada possibilidade, questionamos se o ar que respiramos contém a quantidade adequada de oxigênio necessária ao bom funcionamento do nosso sistema respiratório, nos perguntamos quando acordaremos desse pesadelo diurno, tomamos porres e mais porres de desodorante para nos jogarmos de cabeça contra a parede por não acharmos que as paredes são realmente sólidas, cuspimos no prato em que comemos, nos contradizemos a cada frase, perdemos nossa linha de raciocínio porque a linha acabou e esquecemos de comprar. Perdemos voluntariamente o caminho de casa, jogamos as migalhas aos pássaros, que vomitam em círculos nos levando a outras casas de outras bruxas que enfiaremos no forno sem hesitar para devoraremos sua casa de açúcar sem a menor culpa. E escolhemos por morar em lugares assombrados, nos tornarmos bruxos quando a ocasião se fizer necessária ou quando crianças perdidas vierem nos pedir um copo de vodka e um canudo emprestado.

E depois voamos como pássaros que comem migalhas com a intenção de fazer outras crianças perderem o caminho. "Vão, sejam bruxos, dragões e lesmas, tudo ao mesmo tempo, sejam pisadas, cuspam fogo e lancem belos encantos em coisas que vocês não podem mudar, tornando-as magníficas". Tudo dentro da complexidade de sair da cama num entardecer chuvoso.

Enquanto isso, sua vida simples o faz acordar todos os dias para a mesma seqüência de tortura chinesa da alma, matando o que há de mais belo em você. Comendo-se com garfo e faca, pedacinho por pedacinho, começando pelos dedos dos pés, subindo pelos joelhos, pélvis, ombros e terminando por bater o próprio cérebro no liquidificador e bebê-lo com leite e Ovomaltine, para cagá-lo em seguida e voltar a comê-lo, num ciclo doentio.

"Tudo pela felicidade", realmente um grande sacrifício em prol do "dEUS da felicidade". “Ó grande felicidade, esse que vos suplica promete total devoção à sua procura”. Um sentimento ridículo, que atrofia. A paz atrasa, e as coisas simples da vida são apenas coisas simples da vida, não são feitas para serem louvadas, a não ser que a intenção seja complicá-las. Vocês humanos têm esse hábito feio, de achar que um dia a estabilidade que chamam de paz vai ser encontrada e tudo será cor-de-rosa com cobertura de marshmallow e uma cereja em cima. No final das contas, feliz sou eu, mais humano que os infelizes enrustidos que assolam a Terra que colonizaram. São eles que transformam a abundância de vida em algo vergonhoso, algo que já nasceu dentro de você mas você aprendeu a apagar, devorando e depois batendo o cérebro com leite e tomando, e depois cagando e comendo cocô de cérebro, como falei acima. Encarar as coisas de frente é expurgar toda a simplicidade a nossa volta que nos cega e dar vazão ao delírio confuso que convulsiona o espírito preso na sua caixinha. É mais ou menos como enxergar com o nariz.

A vida simples é para as formigas, árvores e homens de cro-magnon. As árvores são belas, mas são apenas árvores. Se você quer ser uma árvore, ou formiga, ou cro-magnon, vá em frente, mas não me chame. A vida é sua, e eu sempre disse ser a favor da legalização da eutanásia. Mas não tente me converter à sua "forma simples de encarar as coisas" ou seu "jeito de ver as coisas como elas são". Você nunca vai conseguir ver as coisas como elas realmente são, simplesmente por elas estarem em movimento e constante transformação desde o momento em que nasceram como coisas.

E no final das contas, tudo está ao contrário. O mais felizes são os tidos como infelizes ou "complicados". Quem nunca ouviu alguém dizer "fulano é muito complicado" como quem fala de uma doença venérea transmitida pelo hálito? E os verdadeiros pobres diabos são os que não conseguem ver além do véu de ignorância que cobre sua verdadeira visão, conta piadas engraçadíssimas e lhes faz cafuné à noite. Só não sabem disso ainda. Mas quando souberem, serão os mais felizes dos infelizes.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

REGRAS DO PIOR

Aqui só entra o pior do pior. nada de mensagens de boa semana, nem de ânimo e nem dizer que a vida vale a pena. Aqui entrão as experiências horríveis, as drogas, as maldades, a vontade dos zumbis invadirem a terra e a morte iminente da raça humana (isso sim uma coisa boa). das doenças. caralho...mermão...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Nunca deseje morrer, pode se tornar realidade...

Você já foi em algum subsolo de um bar vagabundo na vida?

Tente imaginar um espaço quadrado de 4 x 4, meia luz, paredes de cor indefinida, mas com tons pastéis, esburacadas e manchadas, fumaça, muita fumaça, neste caso a fumaça provia de charutos, cigarros e baseados que estavam sendo fumados por 4 indivíduos, eu era um deles.

Mas você deve se perguntar o que 4 indivíduos que baforam fumaça estavam fazendo em um porão de um boteco? A princípio estávamos nos divertindo, mas, nos dias de hoje as diversões são por demais perigosas. Estávamos na vigésima sétima partida (jogávamos poker), e eu me lembrei de como tudo não saiu como eu planejara desde as primeiras horas do meu nunca proveitoso dia, e eu nunca imaginei gostar tanto dos meus discos.

Estava saindo para o trabalho quando encontro meu camarada Dan, um aspirante a desenhista, fomos batendo papo até o ponto do ônibus, ele tinha talento, e estava pensando em adotar um pseudônimo ou apelido, eu estava apressado e não pensei sobre isso, nem dei muita atenção, me despedi e segui meu rumo.

Sem saco no trabalho recebo um telefonema de um cara que acha que é meu amigo, o H. Leathen, ele anda meio pra baixo e ultimamente fala muito em se matar, decidi inventar algo pra tentar alegrá-lo, mais mpra me livrar dele naquele momento e mais uma teoria fálica de boa vontade.

O Dia passa, demora, chato, mais lento do que centenas de bêbados aleijados tentando fazer uma pirâmide se movimentar, mas a hora chega e vou tentar por em prática algo que tramara mais cedo, ligo pro Leathen e o convido pra tomar um trago num boteco desaconchegante que tem perto daqui, fomos lá eu meu pseudoamigo suicida, estava me sentindo uma privada oricular, ouvindo aquilo tudo, e sem o menor traquejo para ajudá-lo, o que eu poderia fazer era da o nó na corda ou comprar a arma, mas ouvi paciente, até que vejo um ser com feições bizonhas adentrar o boteco com um bolo de lp’s em baixo do braço, lp’s demasiadamente atraentes, perguntei ao asqueroso arquejante que fica atrás da mureta que ele chama de balcão, quem era aquele indivíduo, soube que se chamava Dig, um tal de Dig Pearson que tava tentando montar um selo independente na época. Cheguei pra trocar uma idéia:

Eu - E aí Dig tudo em cima? E eses plays, são pra venda?

Dig – E aí velho, não, esses plays são pra outra coisa.

Eu – Que coisa cara?

Dig – Moeda de Aposta...

Voltei pro meu canto e o Leathen continuava reclamando, do cachorro ao papagaio, eu já estava até pensando em fazer um favor pra ele e matá-lo. Não me contive e fui no tal de dig novamente.

Eu – Mas que apostas são essas?

Dig – Cartas...

Eu - E como eu faço pra entrar?

Dig – Traga os discos, 4 pessoas e só!

Ora eu tinha uma boa coleção de discos em casa, e o Leathen tava no buteco reclamando da vida, mas mesmo assim faltava ainda uma pessoa e meus discos, não pensei duas vezes, liguei pro aspirante a desenhista Dan e pedi pra ele passar na minha casa e trazer os discos.

Eu – Pronto dig, temos os discos e somos 3.

Dig – Deixa eu ver aqui, ta valendo.

O Dig olha pro asqueroso arquejante, faz um sinal, e ele nos guia por uma porta com umas escadaria estréia e escura.

E eis que estou aqui na vigésima sétima partida de poker, e o maldito suicida de Leatehn ganhou quase tudo, lp’s raros e de incomensurável valor.

Não pensei duas vezes, se ele queria morrer porque não dar uma força e recuperar os discos, ele já ia se matar mesmo. Seguro o Leathen, o Dig o acerta e o Dan o extermina de uma forma sensacional.

Depois deste dia o Dig se deu bem por um tempo com seu selo e o Dan fez umas capas bacanas de disco... ah e depois do estrago eu coloquei o apelido dele de Dan Seagrave.

Timov
Narcoléptico, viciado em discos e péssimo jogador de cartas.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Escritor é suspeito de matar e cozinhar ex-namorada

Um escritor de histórias de terror foi detido na Cidade do México, nesta semana, sob suspeita de matar, esquartejar e comer partes do corpo de sua ex-namorada. Agentes da polícia foram ao apartamento de José Luis Calva, no bairro de Guerreiro para detê-lo em investigação sobre homicídio de uma mulher e encontraram o corpo de Alejandra Galeana Garavito, 30 anos, esquartejado.


Ao chegar ao apartamento, os policiais encontraram um braço cozinhando em uma panela e restos de carne em uma frigideira, tudo acompanhado por pedaços de limão. O tronco da mulher estava em um armário. Na geladeira, foi achada uma perna e vários ossos estavam em uma caixa de cereal.

Os peritos analisam esses restos de carne junto com limão para determinar se são do corpo de Alejandra. A mulher, mãe de duas crianças, tinha um relacionamento com Calva e estava desaparecida.

No apartamento, ainda foi achado um texto inconcluído intitulado "Instintos Canibais ou 12 dias", que fala sobre canibalismo, sexo, sadomasoquismo e coprofagia (hábito de comer fezes). O escritor tentou escapar da polícia na última segunda-feira, saltando pela varanda de seu apartamento, mas foi detido por policiais na rua.

Três mortes
Calva é suspeito da morte e esquartejamento de mais duas mulheres. Ele é acusado de ser autor do seqüestro e morte de Verónica Consuelo Martínez Casarrubia, em abril de 2004. Ela foi encontrada esquartejada.

A polícia informou que também há indícios dele ser responsável por esquartejamento de uma prostituta, cujas partes do corpo foram encontradas em abril na Cidade do México.

esse cara é real. calhorda

Vidinha virtual!

As pessoas criam vidas alternativas pra elas. Criam vínculos, novas formas de viver na internet. Fuçam a vida dos outros, muito por que esses outros deixam. Percebe-se claramente em flogs, blogd, clogs etc...a criação de uma nova vida e a necessidade de se mostrar e até dar margem para que pessoas que jamais viram (e jamais verão) dar opinião na sua vida. E o pior: Essa nova vida é uma vida fake. Pessoas que estão na merda na realidade, estão super bem na vidinha virtual, cheia de sorrisos, de amigos perto, de festa, de birita, estão curtindo o momento, estão se curtindo, curtindo a vida...qdo na verdade estão é realmente precisando viver a vida real. estão precisando beber de verdade, sair de verdade, falar com os amigos olho no olho. Muitas delas esquecem a vida real para se ater a esses fatos: orkuts, msn e afins...criam mundos, fundos e verdades mentirosas na cabeça doente delas. Esquecem dos problemas e prazeres terrenos, tiram uma foto sorridente pro fulano de tal que vai ver no flog no outro dia. Uma forma de libertação que está presa. Triste!
calhorda

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